Quarto da Diana

Cause I'm a Wild Child, Baby...


O Mike havia praticamente me expulsado do quarto, que deselegância da parte dele, não o via há mais de cinco anos, e quando a gente enfim se reencontra ele não diz nem um ‘’que saudades, priminha linda’’ tudo bem né, eu não sou um pessoa que dá muita significância para esse tipo de coisa mesmo. Só bufei, e comecei a caminhar com as malas nas mãos, estava morta de sono, não ia ter paciência para procurar meu quarto, pelo menos não naquele momento.
Decidi ir dormir na casa de tia Gina, e deixar para procurar o quarto amanhã, afinal já estava ficando meio tarde. Tomei ar em um suspiro, e comecei a seguir para fora do colégio. Já do lado externo, acenei para um táxi que passava por lá, aquele dia não tinha sido assim tão bom, mas fazer o que?
Em poucos minutos, eu havia enfim chegado á frente da casa de minha tia, era um lugar muito legal, e o meu quarto bem, era muito eu. Paguei o taxista, e comecei a rumar em direção ao portão, seria bem mais educado da minha parte tocar a campainha, mas como de educada eu não tenho nada e de paciente muito menos, simplesmente joguei as malas para o outro lado do muro, e comecei a subir nele.
Assim que botei meus pés no chão, dei uma risadinha abafada, e comecei a seguir para dentro da residência, assim que cheguei á sala não vi ninguém, e então resolvi ir direto para o quarto, afinal, eu precisava mesmo dormir. Fui subindo lentamente as escadas, enquanto ouvia vozes rindo, próximo á parede. Com certeza era a Emily, minha prima que adora tornar minha vida um inferno, acho que ela pensa ser perfeita, mas não que eu ligue, devo ter sangue de inseto, por que é muito difícil alguém conseguir me deixar nervosa.
Caminhei pelo corredor, que ficou silencioso do nada, sorri fraco, já me preparando para qualquer pegadinha, e quando enfim abro a porta do quarto, lá está minha cama toda brilhante, comecei a gargalhar alto, o que a Emily tinha na cabeça? O que a purpurina iria me fazer?
Segui até a cama e me joguei nela, logo sentindo algo duro apertando contra a minha barriga, me levantei para ver o que era, e quando enfim tomo visão, dou de cara com o meu porta-retratos quebrado. Que ela fizesse as palhaçadas dela eu até achava aceitável e um pouco patético, agora vir ao meu quarto e quebrar algo que eu gosto, já é pedir para ser crucificada.
Estava prontinha para ir até ela e quebrar seus dentes, mas decidi só relaxar e bolar algo bem maléfico contra Emily, peguei os cacos em cima da cama e os joguei no lixo. Ergui minha camiseta ensangüentada, tomando visão dos cortes que ficaram devido aos cacos de vidro.
Tirei uma pinça de dentro da bolsa e uma garrafa de Jack Daniel’s também, um a um comecei a puxá-los, jogando um pouco do whisky em cima, para desinfetar. Assim que o fiz, segui até o violão que se encontrava jogado ainda próximo a porta, havia perdido o sono, então resolvi tocar para poder passar o tempo.